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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pra quem acha que o Kung Fu nunca vai ser Olímpico.

China lança primeira ''Olimpíada Samurai''

'De costas' para os Jogos Olímpicos realizados no Ocidente, Pequim recebe representantes de 13 modalidades de artes marciais, entre eles 20 brasileiros

22 de agosto de 2010 | 0h 00

João Paulo Charleaux - O Estado de S.Paulo
Precisão. Brasileiros da equipe de aikidô preparam-se em São Paulo antes de ir para Pequim. Evento também tem espaço para modalidade não-competitiva    
Se o berço da Olimpíada fosse a China, a Coreia ou o Japão em vez da Grécia, os jogadores de futebol estariam esperando até hoje por uma chance de participar. É o que acontece com artes marciais milenares de origem oriental, como kung fu, sumô, caratê e ju jitsu, além de pelo menos outros cinco tipos de luta, algumas mais antigas que os próprios Jogos Olímpicos modernos (1894).
Sem esperar por uma chance daqui a 2 anos em Londres ou em 6 anos mais, nos Jogos do Rio, 1.108 lutadores dos 5 continentes decidiram pôr seus quimonos na sacola e seguir a rota para Pequim. Lá, durante oito dias, eles participarão da primeira edição dos Jogos de Combate 2010, que têm início no dia 27, e pretende ser uma espécie de Jogos Olímpicos das artes marciais.
Vinte brasileiros participam do evento: 4 deles no aikidô, 4 no kung fu, 3 no sumô e outros 3 no caratê, além de 2 no kickboxing, 2 no kendô, 1 no wrestling e 1 no tae kwon do.
Arte da paz. Das 13 modalidades, só o aikidô não é competitivo - algo incompreensível para a noção ocidental de Jogos Olímpicos, mas perfeitamente normal para o que as artes marciais genuínas mais prezam. "Ganhar ou perder não importa no aikidô. Como dizia o fundador (Morihei Ueshiba), a verdadeira vitória é contra si mesmo. O importante é vencer nosso ego, controlar nossas emoções, superar nossos limites e nos tornarmos melhores a cada dia. No aikidô, o importante é treinar, não competir", diz Cesar Mirabile, um dos brasileiros que participarão das demonstrações da modalidade em Pequim.
Com exceção do aikidô, a competição será forte em todas as outras modalidades, com direito a pódio e quadro de medalhas. "Temos 136 campeões mundiais em suas modalidades participando desta primeira edição", disse ao Estado Katrin Holz, porta-voz da SportAccord - espécie de comitê olímpico alternativo com sede em Mônaco, responsável pela organização de eventos esportivos de interesse segmentado, como os Jogos Olímpicos da Juventude e os Jogos Aquáticos.
Em Pequim, o caratê terá a participação de três brasileiros consagrados - Rafael Martins e Jeanis Colzani foram campeões pan-americanos em 2009 e Douglas Brose, é campeão da categoria no World Games.
Os três representantes brasileiros no kung fu também participaram do último campeonato mundial da modalidade, realizado no Canadá.
A luta deles é, agora, por ganhar espaço na "Olimpíada ocidental". "Já preenchemos todos os requisitos para nos tornarmos um esporte olímpico: o kung fu é praticado nos cinco continentes, tem categorias masculina e feminina e tem 145 países membros da federação internacional. O que falta, agora, são questões políticas para que a modalidade se torne realmente olímpica", comenta Marcus Vinicius Alves, técnico da equipe brasileira.
fonte:Estadão

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